Vício
Escuto o farfalhar da carícia
nas árvores dum leve vento,
a lembrar-me que você vicia
e fico em você todo atento.
E nem adiantam conselhos
para que lhe deixe de lado.
Estou cativo dos vermelhos
desse seu olhar enternurado.
Eu quero toda a liberdade
dessa prisão de encantos
só de alegrias sem prantos.
E eis, espero, quem sabe,
um dia em doces cadeias,
livre estarei em suas teias.
Fernando Cyrino
Enviado por Fernando Cyrino em 12/05/2010