Carregando a imensa pança de barril
ao passar ele dá tremedeira na ponte.
Apesar de se mostrar assim tão viril,
traz espetada no chifre o brutamonte,
uma bem machucada flor cor de anil.
Na natureza não há quem o confronte,
sabe brigar e torna-se muito hostil.
Olhos miúdos não vêem o horizonte
e nem que se esforçasse seria sutil.
É arma de guerra a sua dura fronte
e com esses dados traço o seu perfil.
Preciso que agora alguém desponte,
um corajoso filho deste meu Brasil,
para criar na sua casa o rinoceronte.