Insana vida
O fato mesmo acontecido
conosco na quase margem,
de um rio já tão esquecido,
a nossa insensata viagem.
O dia permanecia escondido
até que vermelhos surgem,
a hora já não é de bandido,
passarinhos já nos seguem.
Rumávamos ao amanhecido,
doideira de muita visagem,
que pode mesmo ter sido,
somente alguma imagem,
de um poema que foi lido.
Talvez foi só uma miragem,
algum piscar tremeluzido,
desse medo faço coragem,
torno-me louco fortalecido
no mundo sigo só selvagem.
Fernando Cyrino
Enviado por Fernando Cyrino em 24/05/2010