Moinho do meu amor
Sigo o seu caminho que vai com o vento,
vou só e a esperança é o meu enredo.
Aportar-me em você, eis o meu intento,
é nessa vontade que persisto sem medo.
Enfeitiçado a lhe buscar sou sofrimento.
Seu olhar em mim dói como um torpedo,
faz com que a vida só seja o momento,
que de mim a saudade da ausência arredo.
Embalam-me, eles cantam, seus cabelos
soltos num doce dueto de sutis sonhos,
misturados às insônias em meus anelos.
Rápido não olho pra trás, quero o trevo
da sorte que girará em mim qual moinho
desse amor impossível que aqui escrevo
Fernando Cyrino
Enviado por Fernando Cyrino em 28/05/2010