Fernando Cyrino

Caminhando e saboreando a vida.

Textos


A Zebra Tereza

Ao final de uma bela tarde,
foi que aconteceu este fato.
A zebra passeava sem alarde,
num lugar sem muito mato.

Ia trotando toda imponente,
parecia até ser uma rainha,
seguia brincando contente
e nenhum receio ela tinha.

Seu alimento era a grama
devorava voraz tanta relva,
aqui é tão bom! Ela exclama.
O perigo é viver lá na selva.

E nas savanas até cantava
música na língua dos bichos,
parecia que ali a paz reinava,
mas a natureza tem caprichos.

Uma fera na moita espreitava
queria fazer terrível surpresa.
O seu pescoço ela observava
e nem imaginar podia Tereza.

Ser na boca do leão sua presa,
esse seria seu fim lamentável,
sem haver chance de defesa,
a coitada era bem vulnerável.

Vem no ar o cheiro do perigo
e num átimo estanca no chão.
Corre louca, buscando abrigo,
para não virar comida de leão.

Descobre em casa a bela zebra
incrível sumiço das suas listras,
a ventania e o pavor, de quebra,
ao fugir de garras tão sinistras,

provocaram milagre num instante
criando um esquisito bicho novo,
fato que foi mesmo impressionante
e que caiu direto na boca do povo.

Fenômeno asssim nunca se viu,
ela estava branca qual o algodão
e toda cor que havia nela sumiu.
Em zebra assim? Não acredito não.

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Fernando Cyrino
Enviado por Fernando Cyrino em 23/06/2010
Alterado em 15/10/2010


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