Canto colorido
Quero a loucura dos desvairados,
que não se limitando criam asas
e voam e pousam, pisam brasas.
São os novos anjos, seres alados.
Persigo sonhos, os muito loucos,
recuso pequenos, quero o imenso
e na alta montanha ponho o lenço.
Pra mesmice meus ouvidos moucos.
À margem da estrada vou diferente,
nego-me a prosseguir pelos trilhos
já viajados pelos velhos caudilhos.
Não me tragam o que seja coerente.
Fora o igual, o sabido e o vivido,
venha o doido, aquele mais insano,
pois que este é o verdadeiro humano.
Pela vida eu vou cantando colorido.
Fernando Cyrino
Enviado por Fernando Cyrino em 01/07/2010