Estátua de gelo
Dia que nunca mais vem
nessa cama agora imensa,
meu olhar fica lá no além,
buscando sua presença.
Dia no qual você partiu
foi aquele de toda chuva
e eu lembro, delirei febril,
queimando como a lava.
A que escorre do vulcão,
tão bela e tão vermelha,
lambente matando o chão.
Cada noite me esfria mais,
esperança morre e já serei
estátua de gelo lá no cais.
Fernando Cyrino
Enviado por Fernando Cyrino em 01/07/2010