Fernando Cyrino

Caminhando e saboreando a vida.

Textos


A fúria da dona Onça

No escondido da mata reuniu-se a bicharada.
Estava por lá o quati, dom camelo e a cigarra.
Só que a dona onça não tinha sido convidada
à famosa festa do seu gambá, a grande farra.
Para se comemorar não havia mesmo nada,
só apresentar ao povo a sua nova guitarra.
Na sua cova a pintada sentia-se intrigada,
escutou o sapo cantar abrindo sua bocarra.
Ouvidos atentos notava crescer a algazarra
e curiosa queria ver o porquê da barulhada.
Chegou ao local da festa e entrou na marra.
No porteiro gavião soltou-lhe logo a patada
e furiosa ela nem conversava, queria guerra.
Apavorados então pelo ataque da danada,
bichos correm até hoje a fugir da sua garra.

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Fernando Cyrino
Enviado por Fernando Cyrino em 11/03/2011
Alterado em 11/03/2011


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