A ROSA E O CRAVO
Adorava esse seu cuidado para comigo, amor. E tem gente que ainda é capaz de afirmar que o romantismo é démodé. Dizem isto porque não viram o jeito com que me tratava: com grande gentileza abria a porta do carro, perguntava-me se estava adequada a temperatura do ar condicionado, puxava a cadeira quando íamos nos assentar à mesa e me servia, sorrindo, a taça de vinho... Mas você se superava mesmo era quando me presenteava com rosas. Ah, amava de montão esse seu gesto. Ao recebê-las eu me sentia o homem mais feliz do mundo. Pena que, tarde demais, fui compreender o sentido do ramalhete tão diferente que me enviou pouco antes de tudo ter acontecido. Puxa, te amava tanto e você me mandou cravos de defunto.
Este conto faz parte do desafio dos Encantos Literários com o tema Romantismo é demodê? Veja outros trabalhos com esta mesma linha em: http://encantodasletras.50webs.com/romantismoedemode.htm